Consumidor comum, indústria, comércio e condomínios podem optar entre dois modelos de cobrança desde o dia 1º de janeiro. Isto porque entrou em vigor nesta segunda-feira, a tarifa branca de energia, que pode representar uma diminuição no valor da conta de luz para os que consumirem menos nos horários de pico (entre as 19h e às 21h). A adesão é opcional.
O consumidor precisa formalizar junto à distribuidora que quer ficar no novo regime. Os novos preços valem para quem tem consumo médio mensal superior a 500 kW/h (quilowatts-hora). Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cerca de 4,5 milhões de unidades e 5% do mercado estão nessa faixa. O consumo médio residencial no Brasil é de 160 kW/h. A meta da agência é escalonar anualmente a abrangência do desconto até que chegue em 2020 aos que consomem menos.
Na Bahia, de acordo com a Coelba, são cerca de 210 mil dos 5,9 milhões de consumidores que estão dentro desta faixa de consumo. Nos dias úteis, o valor da Tarifa Branca irá variar em três horários: de ponta (das 18h às 20h59), intermediário (das 16h às 17h59) e fora de ponta (das 21h até 15h59). Nos feriados nacionais e finais de semana, o modelo de cobrança da tarifa branca será considerado fora de ponta.
A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) recomenda que antes de aderir a nova tarifa, o consumidor precisa analisar o seu perfil de consumo, sob pena de verem o efeito contrário, com aumento na conta. “Não é uma decisão simples. Ela envolve alguns cálculos e algumas estimativas do consumidor”, destacou.
Atualmente, o modelo adotado é pelo preço médio do kilowatt. Entretanto, na nova forma, que já está sendo utilizada pela indústria, a tarifa varia em relação ao horário de pico: o preço fica mais alto quando o consumo está dentro desse período e mais baixo quando fora dele. Após análise do pedido, a concessionária tem 30 dias para fazer a troca do medidor de energia, no caso de unidades consumidoras já existentes, ou os prazos e procedimentos padrão para novas solicitações de fornecimento.
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Foto: EBC