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A brasileira Elizabeth Cristina de Assis Ribeiro, 30 anos, que estava desaparecida desde o dia do atentado que deixou 84 mortos em Nice, na França, foi uma das vítimas fatais da tragédia, segundo confirmou o Itamaraty na noite deste domingo (17). O corpo de Elizabeth foi reconhecido através de um exame de DNA feito pelas autoridades francesas, que informaram membros da diplomacia brasileira.

Elizabeth, que vivia há anos na Suíça, estava de férias em Nice com o marido e as três filhas, todos suíços. Uma das garotas, Kayla, 6 anos, foi atropelada pelo terrorista e morreu. Elizabeth foi socorrida por bombeiros após o atentado, mas a família brasileira não estava conseguindo localizá-la.

O Itamaraty informou que funcionários do consulado brasileiro em Paris vão a Nice para ajudar a família de Elizabeth, que era carioca. O presidente interino Michel Temer determinou neste domingo que o Ministério das Relações Exteriores redobre os esforços para dar assistência aos brasileiros atingidos pelo atentado. A mãe dela, Inês Gyger, viajou da Suíça para a França para tentar achar a filha.

As duas filhas mais novas de Elizabeth, Djulia, 4, e Kimea, de 7 meses, foram salvas pelo pai, Sylvan Solioz. Os três estão internados no hospital pediátrico da Fundação Lenval, onde Kayla morreu no mesmo dia do atentado em decorrência dos ferimentos. Segundo familiares, os três estão em estado de choque.

A família tem contado com ajuda do consulado da Suíça, pois Elizabeth tinha dupla cidadania. A brasileira, o marido e as filhas chegaram a Nice no sábado anterior à tragédia e estavam em um apartamento perto da praia para curtir um mês de férias.

"Ela sempre fez questão de organizar as férias com as filhas, dizia que depois elas cresceriam e iriam embora, que era preciso aproveitar", disse à Folha de S. Paulo Inês, que se mudou do Rio de Janeiro para a Suíça há 26 anos para trabalhar como babá, levando a filha, que foi criada no país.

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