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1 14/07/2020 04:25

Secretários municipais, servidores, empresários e parentes de políticos estão numa lista de 14 pessoas que receberam indevidamente o auxílio emergencial em Abaíra. A cidade de quase nove mil habitantes, localizada na Chapada Diamantina, virou símbolo de fraudes do auxílio emergencial. Só no quadro de secretários municipais, dois receberam o benefício: Maciel Miranda e Silva (Obras e Infraestrutura) e Carlos Eduardo Jardim Moreira (Agricultura). Representante da pasta de Esporte, Jiuvan Novais de Almeida também foi beneficiado.  

Outros servidores  foram encontrados na lista do Portal da Transparência do Governo Federal: Simone Carla Oliveira e Silva Freitas, Florindo Padro Azevedo Filho e Elito Ferreira da Silva. Esse último é pai da vereadora Vanessa Barbosa Silva Moreira (DEM), cujo filho, João Lucas Silva Moreira também foi beneficiado. Vanessa é casada com o vice-prefeito da cidade, Hermínio Moreira (DEM), conhecido como Mindim. O irmão dele, Heriton Moreira, também recebeu o auxílio. Flavia Novaes Barros, esposa do secretário de  saúde Alex Sandro Silva Miranda, também recebeu indevidamente os R$ 600.  

Todas essas informações foram conseguidas pela vereadora Ana Lúcia (PSB), que fez uma representação nos ministérios públicos Federal e Estadual: “Quero que algo seja feito urgentemente, pois tem gente na cidade que precisa do benefício e não recebeu”. 

O secretário de saúde Alex Sandro admitiu que a esposa solicitou. Ele explicou que a única renda do casal é o seu salário de R$ 1.250. O valor é abaixo do teto de R$ 3.135 mensal estabelecido pelo Governo Federal por família. Por isso, ela achou que se enquadraria. No entanto, a assessoria da Caixa Econômica Federal explicou que para receber o auxílio era necessário ter renda mensal por pessoa abaixo de R$ 522,50. Outro que admitiu ter solicitado foi Heriton Moreira, irmão do vice-prefeito. Ele é apontado pela vereadora Ana Lucia  como dono de supermercados. Heriton nega: “Já fui empresário, não sou mais”.  

A vereadora Vanessa Moreira disse que pai Elito e o filho João Lucas não solicitaram o benefício e que os valores foram imediatamente devolvidos. As mesmas justificativas foram dadas por Carlos Eduardo, secretário municipal de Agricultura, e Maciel Miranda,  secretário municipal de Obras e Infraestrutura. 

O Ministério da Cidadania informou ainda que qualquer indício de ilegalidade, em especial na ótica criminal, é imediatamente informado à Polícia Federal e os pagamentos são suspensos. A devolução de um auxílio emergencial indevido pode ser feito por meio do site devolucaoauxilioemergencial.cidadania.gov.br. 79.067 pessoas já emitiram Guias de Recolhimento da União (GRU) para restituir os valores, que ultrapassam R$ 70 milhões devolvidos.  

 

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