Esportes

1 04/05/2016 20:00

Uma das principais atletas de todos os tempos, Hortência Marcari faz parte do Hall da Fama do basquete feminino (Naismith Memorial Basketball Hall of Fame) desde 2002.

A paulista de Potirendaba foi a maior pontuadora da Seleção Brasileira com a marca de 3.160 pontos em 127 partidas oficiais durante 21 anos que vestiu a camisa verde-amarela. Entrou para a história do esporte com o honroso título de “Rainha do Basquete”.

“O basquete me deu muito mais do que dei a ele. Minha educação, conhecimento, equilíbrio emocional, os meus relacionamentos, essa minha vontade, o respeito que tenho no mundo do esporte, tudo ele me deu. Claro que nasci com esse desejo, quis tudo, mas lá dentro tinha uma pedra bruta que foi lapidada por essa modalidade”, destaca.

O sonho de disputar uma edição da Olimpíada se concretizou finalmente em Barcelona 1992. O resultado, no entanto, não foi satisfatório. O sétimo lugar era pouco para Hortência.

Na edição seguinte, em Atlanta 1996, a equipe nacional fez uma campanha excepcional. Só perdeu uma única vez no torneio, na final contra os Estados Unidos e as brasileiras trouxeram para o país a primeira medalha olímpica do basquete feminino.

“Foi uma importante conquista e ficará marcada para sempre na minha memória e do povo brasileiro. Para mim, marcou dois grandes momentos. A conquista da medalha e a minha despedida da Seleção Brasileira e do basquete. Fico muito feliz com essa lembrança, que significou tanto para todas nós”, lembra Hortência.

A primeira participação olímpica do basquete feminino foi nos Jogos de Barcelona, em 1992. As meninas carimbaram seu passaporte no Torneio Pré-Olímpico Mundial de Vigo, na Espanha, quando o Brasil terminou em terceiro lugar e garantiu uma das cinco vagas.

A equipe comandada pela técnica Maria Helena Cardoso venceu Polônia (105 a 65), Zaire (90 a 60), Hungria (102 a 80), Austrália (99 a 97, na prorrogação), República Dominicana (111 a 57) e Itália (84 a 76), e foi superada pela Tchecoslováquia (91 a 89) e China (89 a 77). A vaga foi garantida com a derrota da Austrália para a Tchecoslováquia, que beneficiou as brasileiras.

“Não importa de que maneira a gente conseguiu a classificação, o importante é que nós conseguimos. Se foi de maneira dramática, eu vejo com muito orgulho a maneira como conseguimos nos classificar. A equipe começou meio nervosa no jogo com a Tchecoslováquia, mas jogou de igual para igual. Acho que o único jogo em que a equipe não se saiu bem foi contra a China, a equipe não jogou aquilo que poderia ter jogado, principalmente eu e a Paula (Magic Paula)”, recorda.

Nos Jogos de Barcelona o Brasil não conseguiu repetir o bom desempenho da medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Havana (Cuba / 1991). Na quadra espanhola, Hortência, Paula e cia ficaram em sétimo lugar com duas vitórias sobre a Itália (85 a 70 na fase de classificação e 86 a 83 na disputa de sétimo e oitavo lugares).

“Não dá para dizer que foi uma participação tão ruim assim nas Olimpíadas porque foi a nossa primeira, não tínhamos jogado nenhuma edição até então”, faz questão de destacar Hortência.

Se alguém acha que ela foi uma atleta de sorte, Hortência faz questão de destacar que desde pequena se dedicou muito aos treinos.

“Tinha o hábito de, além do período do treino, converter mil cestas diariamente. Não contava as que não caiam na cesta. Eram quinhentas convertidas pela manhã e quinhentas pela tarde. Durante anos. Por isso eu acertava muito nos jogos. Você joga o que treina. Eu não apenas treinava, eu me preparava para o acerto”, finaliza.

Tribuna da Bahia







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