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1 22/04/2024 16:13

Relatório aponta os principais tipos de violência causadores do conflito as invasões, pistolagem e acesso a água

O Brasil registrou número recorde de 2.203 conflitos no campo, em 2023, afetando a vida de 950.847 pessoas. Ambos os números registraram alta, comparado ao ano anterior, mas a área em disputa foi reduzida em 26,8%, correspondendo a 59,4 mil hectares, segundo a última edição do relatório anual da Comissão Pastoral da Terra (CPT), divulgada nesta segunda-feira (22) em Brasília.    

Norte e Nordeste foram as regiões que mais concentraram conflitos,  com 810 e 665 ocorrências, respectivamente. Na sequência, vêm o Centro-Oeste (353), o Sudeste (207) e o Sul (168).

O relatório aponta que 1.588 dos conflitos por terra foram ligados à violência contra a ocupação e a posse e/ou contra a pessoa. A quantidade dos casos de invasão subiu de 2022 para 2023, passando de 349 para 359, afetando 74.858 famílias afetadas por essa agressão, apontada como o primeiro tipo de violência pelo relatório. 

O segundo tipo de violência é a pistolagem contra a ocupação e a posse, com o maior nível de registros em 2023. Foram contabilizados 264 casos, 45% a mais do que o total de 2022 e o maior número registrado pela CPT dentro do recorte da coletividade das famílias atingidas, que chegaram a 36.200. As principais vítimas foram os trabalhadores sem terra (liderando com 130 ocorrências), posseiros (49), indígenas (47) e quilombolas (19).   

Conflitos em torno do acesso à água, apontando como os principais agentes da violência os fazendeiros, governos estaduais, empresários, hidrelétricas e mineradoras. Aponta também como as principais vítimas os indígenas, sendo 24,4%, pescadores (21,8%), ribeirinhos (13,3%), quilombolas (12,4%) e assentados (8,4%). 

Os principais agentes causadores da violência são citados fazendeiros (31,2%), empresários (19,7%), governo federal (11,2%), grileiros (9%) e governos estaduais (8,3%). O relatório critica as forças de repressão, por meio da polícia, e o alinhamento com políticas que violem outros direitos básicos, como a liberação de pulverização aérea de agrotóxicos. 







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