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1 21/12/2017 01:13

A rádio Costa Sul FM foi procurada pela família de um menino de 6 anos para denunciar um suposto abuso sexual em uma escola da rede municipal de ensino de Una, sul da Bahia. De acordo informações da irmã da vítima um servidor público, que atua como porteiro, pode ser o responsável pelo crime.

Ainda de acordo com a irmã da criança, o garoto foi para a escola e quando retornou estava cabisbaixo, triste e se recusou almoçar. Diante do comportamento estranho apresentado pela vítima naquele dia, e desconfiando que houvesse acontecido algo anormal, a família resolveu investigar; ao analisar o corpo da criança percebeu-se que ele apresentava sinais de violação anal, imediatamente a família levou o garoto a uma unidade de Saúde da Família (PSF), onde a médica de plantão após o atendimento disse que por não ser especialista na área não poderia afirmar se houve ou não o abuso, mas instruiu a família a procurar o conselho tutelar para que tomassem as medidas cabíveis em relação ao fato.

Depois da queixa formal ao Conselho Tutelar, no dia 31 de outubro um dia apos ocorrido, a família foi até a delegacia dar queixa, após o registro do Boletim de Ocorrência (BO), foi expedido à guia para realização do exame que apontaria se de fato o abuso teria acontecido. No mesmo dia a mãe do garoto foi à escola, para conversar com a diretora da instituição, porém ela (a diretora) não estava presente, então a mãe da criança conversou com uma professora que não soube dizer nada sobre o caso.

Já no dia 01 de novembro véspera de feriado com a guia expedida pela policia civil do município, a família levou o garoto ao Departamento de Polícia Técnica (DPT), em Ilhéus para fazer o exame que constatou: Conjunção carnal e/ou pratica de outro ato libidinoso, sinal de violência da qual tivesse resultado lesão corporal, edema, hiperemia em região perianal.

A família da vítima alega que já se passou quase dois meses, porém até hoje nenhuma resposta convincente foi dada, além de questionar a demora em finalizar a investigação e punir o culpado.

A Costa Sul FM ligou para o Conselho Tutelar de Una, mas eles não quiseram se posicionar sobre o caso. Nossa equipe também ligou para a delegacia de policia e para o Ministério Público da cidade, mas nossas ligações não foram atendidas.

Além disso, a Costa Sul FM também entrou em contato com a prefeitura de Una para saber do seu posicionamento sobre o caso.

Por meio de nota, a Prefeitura de Una informou que está aguardando o fim das investigações para se manifestar, mas ressaltou que condena qualquer tipo de crime e tomará todas as medidas cabíveis caso seja comprovada ligação de algum funcionário no caso.

Leia a nota na íntegra:

A Prefeitura Municipal de Una está aguardando o a etapa da investigação policial para fazer uma manifestação a respeito do caso. Setores sociais do governo também estão debruçados sobre o assunto, seguindo rigorosamente o que manda a legislação. O governo municipal condena qualquer tipo de crime e tomará todas as medidas cabíveis caso seja comprovada ligação de algum funcionário no caso. Trata-se de uma denúncia grave, cuja responsabilidade é, neste momento, inteiramente policial e não podemos tomar nenhuma atitude equivocada. Por isso é preciso que as instituições competentes concluam a investigação antes de absorver qualquer juízo de valor. A prefeitura finaliza reafirmando que quando a investigação for concluída e os autores identificados a administração tomará as medidas cabíveis.

Alerta

Especialistas afirmam, que a melhor forma de prevenção e repressão aos abusos sexuais é prestar atenção ao comportamento da criança. Se ela ficar mais agitada, retraída, agressiva, piorar no desempenho escolar e voltar a fazer xixi na cama ou chupar os dedos, é sinal de que algo diferente acontece na vida da criança e é hora de socorrê-la.

É fundamental entender que geralmente as vítimas apresentam um conjunto de indicadores e que a criança deve passar por avaliação especializada caso apresente alguns desses sinais.

1. Mudanças de comportamento

O primeiro sinal é uma possível mudança no padrão de comportamento da criança, como alterações de humor entre retraimento e extroversão, agressividade repentina, vergonha excessiva, medo ou pânico. Essa alteração costuma ocorrer de maneira imediata e inesperada. Em algumas situações a mudança de comportamento é em relação a uma pessoa ou a uma atividade em específico.

2. Proximidades excessivas

A violência costuma ser praticada por pessoas da família ou próximas da família na maioria dos casos. O abusador muitas vezes manipula emocionalmente a criança, que não percebe estar sendo vítima e, com isso, costuma ganhar a confiança fazendo com que ela se cale.

3. Comportamentos infantis repentinos

É importante observar as características de relacionamento social da criança. Se o jovem voltar a ter comportamentos infantis, os quais já abandonou anteriormente, é um indicativo de que algo esteja errado. A criança e o adolescente sempre avisam, mas na maioria das vezes não de forma verbal.

4. Silêncio predominante

Para manter a vítima em silêncio, o abusador costuma fazer ameaças de violência física e mental, além de chantagens. É normal também que usem presentes, dinheiro ou outro tipo de material para construir uma boa relação com a vítima. É essencial explicar à criança que nenhum adulto ou criança mais velha deve manter segredos com ela que não possam ser compartilhados com pessoas de confiança, como o pai e a mãe, por exemplo.

5. Mudanças de hábito súbitas

Uma criança vítima de violência, abuso ou exploração também apresenta alterações de hábito repentinas. O sono, falta de concentração, aparência descuidada, entre outros, são indicativos de que algo está errado.

6. Comportamentos sexuais

Crianças que apresentam um interesse por questões sexuais ou que façam brincadeiras de cunho sexual e usam palavras ou desenhos que se referem às partes íntimas podem estar indicando uma situação de abuso.

7. Traumatismos físicos

Os vestígios mais óbvios de violência sexual em menores de idade são questões físicas como marcas de agressão, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. Essas são as principais manifestações que podem ser usadas como provas à Justiça.

8. Enfermidades psicossomáticas

Unidas aos traumatismos físicos, enfermidades psicossomáticas também podem ser sinais de abuso. São problemas de saúde, sem aparente causa clínica, como dor de cabeça, erupções na pele, vômitos e dificuldades digestivas, que na realidade têm fundo psicológico e emocional.

9. Negligência

Muitas vezes, o abuso sexual vem acompanhado de outros tipos de maus tratos que a vítima sofre em casa, como a negligência. Uma criança que passa horas sem supervisão ou que não tem o apoio emocional da família estará em situação de maior vulnerabilidade.

10. Frequência escolar

Observar queda injustificada na frequência escolar ou baixo rendimento causado por dificuldade de concentração e aprendizagem. Outro ponto a estar atento é a pouca participação em atividades escolares e a tendência de isolamento social.

E lembre-se: em quase todos os casos a vítima tenta se manifestar da sua própria maneira. Faça com que eles se sintam ouvidos e acolhidos, sem questionamentos. Qualquer pessoa que suspeitar de algo pode denunciar pelo Disque 100.

 

Costa Sul FM







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