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1 21/11/2017 17:40

A Bahia tem o preço do álcool mais claro do Brasil. Em Porto Seguro, no Sul do Estado, o álcool anidro, chega a custar R$ 4,299, mais que o dobro do mesmo produto que é vendido em São Paulo, de R$ 2,182. Em Salvador, o preço do álcool pode chegar a R$ 3,29, e é o quinto mais caro do Estado, abaixo apenas dos valores que são cobrados nas cidades de Porto Seguro, Eunápolis, Barreiras e Itabuna.

Em todos os quase 300 postos de combustíveis na Bahia, uma placa adverte aos motoristas que só é vantagem abastecer o carro com álcool se o preço deste estiver até o equivalente a 70% do preço da gasolina. Em Salvador, contudo, o preço máximo da gasolina pode chegar a R$ 4,18 e o do álcool a R$ 3,29, o que dá uma diferença de apenas R$ 0,89,  ou o equivalente a paridade entre os produtos equivalente a 79%.

A diferença de preço entre o litro do álcool e da gasolina há mais de quatro anos deixou de ser vantajosa para os consumidores e está longe de alcançar a paridade de 70% para que se torne vantajoso abastecer o veículo com álcool. Em Porto Seguro, no Sul da Bahia, por exemplo, essa diferença de preços entre álcool e gasolina é ainda maior. O preço do litro do álcool automotivo chega a custar R$ 4,299, e a gasolina R$ 4,79, diferença de apenas 0,50 por litro

Além de ter o preço caro do País, a Bahia só produz aproximadamente 7% do álcool que consome, o que, na avaliação do presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis da Bahia (Sindicombustíveis), José Augusto Costa,  faz com que o estado seja obrigado a importar não apenas o produto de outras unidades da federação, mas até mesmo do exterior, com o álcool feito à base de milho, importado dos Estados Unidos. Augusto explica ainda que por estar sujeito à sazonalidade da safra, o preço do álcool deverá subir no final do ano, no período da entressafra, o que vai diminuir ainda mais a equivalência com o preço da gasolina.

Fiscalização

Ontem, ao final da manhã, o Sindicombustível distribuiu uma nota oficial informando que  as distribuidoras não repassam as reduções de preços determinadas pela Petrobras aos donos de postos. Segundo a nota, dias depois do preço da gasolina ter sido reduzido em 3,8% e o do diesel em 1,3% nas refinarias, na última sexta-feira, houve nova diminuição no preço dos combustíveis, no sábado, quando a Petrobras determinou queda de 0,3% no preço do diesel e de 1,4% da gasolina.

O Sindicombustíveis Bahia informa que os preços são livres em todas as etapas de produção, distribuição e revenda, cabendo aos agentes determinarem seus preços com base em suas estruturas de custo. Sobre isso, o presidente do sindicato salienta que, na atual composição do preço da gasolina, os tributos representam quase 50% do preço do produto e pesam ainda os custos com distribuição, frete, mão de obra (frentistas), aluguéis, cartões, energia, manutenção, etc.

Por isso mesmo ele está cobrando que o Ministério Público Federal e os órgãos de defesa do consumidor realize ações junto às distribuidoras para checar os preços que são repassados aos postos de combustíveis. Segundo ele, com frequência existe uma defasagem de tempo entre os preços autorizados pela Petrobras às distribuidoras e o que elas repassam aos postos. “O impacto do reajuste no preço final ao consumidor depende de outros fatores da cadeia de combustíveis, principalmente das distribuidoras. O que está acontecendo é que a BR não repassa as reduções, somente os aumentos, e os donos de postos não têm como vender mais barato”, declara o presidente do Sindicombustíveis Bahia, José Augusto Costa.

Desde julho, com a nova política de reajuste de preços da Petrobras nas refinarias, já houve 48 aumento da gasolina e 40 reduções. “Nesses cinco meses, a gasolina subiu mais de 35% e o diesel, 29%. As reduções são menos frequentes e, quando acontecem, a distribuidora não repassa, impactando nas vendas dos produtos e no bolso dos consumidores. É importante que isso seja comunicado também e que os órgãos de fiscalização estejam cientes”, ressalta José Augusto.

Tribuna da Bahia
Foto: Divulgação







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