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1 17/05/2017 19:40

Na Bahia, pouco mais de 1 em cada 3 pessoas de 15 anos ou mais de idade (37,1%) praticaram algum esporte ou atividade física no seu tempo livre, entre setembro de 2014 e setembro de 2015 (4.356.595 dos 11.743.818 baianos nessa faixa etária). A percentagem fica próxima às médias nacional (37,9%) e do Nordeste (36,3%), porém, tanto na região quanto no país, a Bahia não está entre os líderes dos rankings elaborados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão responsável pelo levantamento. A Bahia tem o quarto percentual mais baixo de adesão a esportes e atividades físicas dentre os 9 estados nordestinos e entre as 27 unidades subnacionais tem apenas o 18º maior percentual de pessoas que praticaram esporte ou atividade física.

Distrito Federal (50,4%), Rio Grande do Sul (44,0%) e Paraíba (42,7%) registraram os maiores percentuais, enquanto Rondônia (31,7%), Pernambuco (31,3%) e Alagoas (29,4%) ficaram com os menores índices de prática de esporte ou atividade física do país.

Mulheres x Homens

Na Bahia, assim como no Brasil como um todo, enquanto as mulheres são maioria na população em geral (52,9% das pessoas de 15 anos ou mais de idade, contra 47,1% de homens no estado), elas são minoria entre os que praticam esporte ou atividade física (46,9% contra 53,1% de homens na Bahia). Dentre os 27 estados, a Bahia tem a 11ª maior participação de mulheres entre os que praticam esporte/ atividade física (46,9%), ao lado de Minas Gerais.

O percentual de mulheres que praticam esporte ou atividade física na Bahia (32,9%, ou 2.043.953 de 6.209.739 baianas de 15 anos ou mais de idade) é menor que o de homens (41,8% ou 2.312.642 de 5.534.079). Essa desigualdade é verificada tanto para o país como um todo (33,4% das mulheres praticavam esporte ou atividade física, contra 42,7% dos homens) como em cada um dos 27 estados.

Quando se considera apenas a prática de esporte, independentemente da prática de atividade física, a diferença entre homens e mulheres é ainda maior, tanto na Bahia quanto na média nacional. Os percentuais dos que praticaram esporte entre os homens baianos (32,1%) foi mais que o dobro do verificado entre as mulheres baianas (15,4%).

Dos 11.743.818 baianos de 15 anos ou mais de idade, 23,2% (2.730.081 em números absolutos) disseram ter praticado algum tipo de esporte entre setembro de 2014 e setembro de 2015, um pouco menos que a média nacional (24,0%) e um pouco mais que média do Nordeste (22,1%). Dentre os estados do Nordeste, a Bahia ficou com a segunda maior proporção de pessoas que praticaram esporte, atrás apenas do Ceará (23,6%). Considerando-se todos os 27 estados brasileiros, porém, a Bahia ocupa a 15ª posição, empatada com Roraima.

Enquanto a prática de esporte é mais frequente entre os homens, quando se considera apenas a prática de atividade física, as mulheres lideram tanto na Bahia (19,1% delas praticam atividade física, contra 14,6% deles) quanto nas médias nacional (18,5% e 16,1% respectivamente) e no Nordeste (19,3% e 14,3%). Na Bahia, ao todo, 17,0% das pessoas de 15 anos ou mais de idade (1.993.718 em números absolutos) disseram ter praticado alguma atividade física entre setembro de 2014 e setembro de 2015, percentual que estava bem próximo à média nacional (17,4%) e quase idêntico ao do Nordeste (16,9%). Na região, a Bahia tem o quarto percentual mais baixo de prática de atividade física. Levando-se em conta os 27 estados brasileiros, fica com o 12º percentual, sendo Distrito Federal (28,5%) e Rio Grande do Sul (25,3%) os líderes, e Alagoas (11,6%) e Mato Grosso (9,0%) onde estão as menores percentagens.

Investimento público

Apesar de não estarem entre os que mais praticam esporte ou atividades físicas, baianos e baianas estão entre os mais favoráveis a investimentos públicos nessa área. 78,7% da população de 15 anos ou mais de idade (9.237.668 pessoas em números absolutos) são a favor de investimento do poder público em esporte ou atividades físicas na vizinhança em que moram, segundo maior percentual dentre os estados brasileiros, atrás apenas do Piauí (80,3%) e acima das médias nacional (73,3%) e do Nordeste (74,8%). Dentre os estados, Amapá e Acre registraram os menores percentuais (64,5% e 65,2%, respectivamente).

Instrução

No Brasil, de uma forma geral, e também no Nordeste, a prática de esporte ou atividade física era mais frequente quanto maiores fossem o nível de instrução e o rendimento domiciliar per capita. Ou seja, os maiores percentuais de pessoas que praticavam esporte ou atividade física estavam entre os mais escolarizados (56,7% entre aqueles com nível superior completo no Brasil e 56,9% no Nordeste) e com maiores rendimentos (65,2% entre aqueles com rendimento domiciliar per capita de 5 salários mínimos ou mais no país e 70,1% no Nordeste).

Por outro lado, a prática de esporte ou atividade física decrescia conforme aumentava a idade, isto é, a percentagem de pessoas que faziam esporte ou atividade física era menor entre os idosos. No país como um todo, 27,6% das pessoas de 60 anos ou mais de idade praticavam esporte ou atividade física, percentual que chegava a 23,9% entre os idosos do Nordeste. Essas mesmas tendências se mantêm quando analisados separadamente esporte e atividade física. Não há informações com esse nível de detalhamento para estados.

Futebol e Dança

Em 2015, 4 em cada 10 brasileiros que praticaram esporte (39,3% de cerca de 38,8 milhões) jogaram futebol como principal modalidade esportiva, parcela que ia a quase metade (48,8%) dos nordestinos. A segunda modalidade mais citada foi a caminhada (por 24,6% do brasileiros e 25,4% dos nordestinos). Dos praticantes de futebol no país, 94,5% eram homens. Por outro lado, em dança e balé, as mulheres eram predominantes (85,0% no Brasil).

Quanto mais jovem a população, maior a predominância do futebol, que perdia importância para a caminhada, à medida que aumentava a faixa etária. Por outro lado, a caminhada foi a modalidade de atividade física mais citada, por quase metade (49,1%) dos praticantes no país (13,8 milhões em números absolutos) e mais da metade dos que faziam atividade física no Nordeste (54,6%, o maior percentual entre as regiões). Em segundo lugar, em ambos os casos, vinha o fitness ou academia (16,8% no Brasil e 15,9% no Nordeste).

O principal motivo para a prática de algum esporte foi relaxar ou se divertir, declarado por 11,2 milhões de pessoas (28,9%) no país, sendo essa justificativa mais comum entre os homens (37,8%) do que entre as mulheres (13,5%). O segundo principal motivo, apontado por 10,4 milhões de pessoas (ou 26,8%), foi melhorar a qualidade de vida ou o bem-estar, sendo essa razão mais citada pelas mulheres (38,4%) do que pelos homens (20,0%). Relaxar ou se divertir era predominante no Nordeste (34,4%) e Norte (42,8%), enquanto melhorar a qualidade de vida ou o bem-estar foi o motivo mais citado nas demais regiões.

Dentre as razões para não praticar esporte, no país como um todo, destacou-se a falta de tempo em primeiro lugar, citada por 38,2% das pessoas. Em segundo lugar, os não praticantes alegaram não gostar ou não querer (35,0%), vindo a seguir problema de saúde ou idade como principal motivo (19,0%). Nas regiões Norte e Nordeste, porém, essa ordem se invertia e não gostar ou não querer eram mais importantes (para 40,1% dos não praticantes no Norte e 39,0% no Nordeste) que a falta de tempo, predominante nas demais regiões.

Tanto na média Brasil quanto no Nordeste, Não ter companhia para praticar o esporte (1,7% em ambos os casos), problema financeiro (1,9% no país e 1,6% na região) e falta de instalação esportiva acessível ou nas proximidades (2,7% e 3,2% respectivamente) foram motivos menos citados, indicando que a ausência de prática esportiva estaria menos associada à infraestrutura disponível e renda e mais relacionada a escolhas pessoais e tempo disponível.

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