A Petrobras retomará a construção de embarcações para serem utilizadas na operação da estatal em todo o Brasil. A Bahia é um dos estados contemplados com investimentos, e seis navios serão construídos no Estaleiro Enseada, em Maragogipe. Cerca de 5,4 mil empregos deverão ser gerados a partir de março do ano que vem.
A construção dos barcos, que tem previsão de início em abril de 2026, deve durar cerca de quatro anos. O investimento é de R$ 2,6 bilhões.
Só a central da Petrobras, sem contar com as empresas subsidiárias, demanda frota de cerca de 400 embarcações. O governo espera construir 48 novos navios para apoio das operações nos próximos anos.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, explicou a importância da construção de embarcações próprias. Um investimento deste tipo não era realizado no país desde 2016. "A produção da Petrobras é quase 100% no mar, então, nós precisamos de barcos de apoio para apoiar as plataformas e exportar combustível para outras regiões do país. Eles também são utilizados para questões de segurança e ancoragem de plataformas. Estamos falando de barcos para transporte de derivados entre estados", disse a presidente.
Qualificação da mão de obra
A cada emprego direto criado na construção de navios, outros quatro postos de trabalho indiretos são criados, segundo a companhia. A retomada da construção de navios no Estaleiro de Enseada, portanto, deverá impulsionar o mercado de trabalho em Maragogipe e outras cidades da região. A expectativa é que as primeiras contratações sejam feitas em março do ano que vem, com o início das construções em abril.
"O início [da construção] se dará no primeiro semestre do ano que vem. Entendemos que para a primeira etapa, existe uma mão de obra tradicionalmente especializada da Bahia, das pessoas que trabalham nas próprias refinarias", disse Claudio Schlosser. O diretor da Petrobras ressaltou ainda que programas de qualificação profissional serão realizados para investir na mão de obra local.
Sérgio Bacci, presidente da Transpetro - subsidiária responsável pela logística de transporte de petróleo - afirmou, durante a coletiva realizada em Salvador, que o Governo Federal já se mostrou disposto a elaborar curso de incentivo para os trabalhadores. "Hoje, a mão de obra não está totalmente qualificada porque foram dez anos parados. Por isso, eu sempre insisto em falar que a indústria naval precisa ter demanda perene", comentou.







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