O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, afirmou que o governo busca redução na conta de energia elétrica. Segundo ele, a redução do ICMS, por meio da medida aprovada pelo Congresso, possibilitará, de acordo com cálculos da pasta, uma diminuição de 7% na tarifa de energia
Questionado sobre as ações que o governo pode tomar caso não consiga chegar a um acordo sobre a implementação da medida do ICMS com os estados, o ministro afirmou que “o governo não vai forçar, mas a lei é clara, você precisa implementar essa redução na base de cálculo da tarifa de energia”.
Sobre a política de preços da Petrobras, Sachsida disse que o governo não interfere nos preços praticados pela empresa.
“Para que mudar política de preço da Petrobras? A política de preço da Petrobras é dela. Ela é livre para fazer o que bem entender. O governo não interfere em preço. Nós não cometemos erros do passado”.
Apesar dessa liberdade garantida pelo ministro, o governo tem procurado fazer mudanças na gestão da empresa. Recentemente trocou o presidente da companhia. E logo depois indicou dois nomes para compor o Conselho de Administração, mas foram vetados internamente.
O ministro atribuiu essa situação à um “lobby de funcionários”, que estariam fazendo “birra” para tentar fazer imposições ao acionista majoritário. Sachida reforçou que o governo vai insistir nas indicações.
“De maneira alguma é o governo passando por cima. Respeito todos os órgãos da Petrobras. Mas é necessário que o respeito seja de mão dupla. É direito do acionista majoritário indicar os nomes. E é direito da Assembleia Geral chancelá-los ou não. A lei vale para todos”, completou.
De acordo com o ministro, a alteração na composição do conselho tem como objetivo dar competitividade à empresa. Mas não detalhou como isso ocorreria.
Questionado sobre a possibilidade de privatização da companhia, Sachida disse que é um tema para ser concluído daqui três ou quatro anos. Antes disso, segundo ele, há outros pontos a serem debatidos. Entre os quais, a venda de refinarias.