A Johnson & Johnson informou nesta terça-feira (21/9) que uma segunda dose de sua vacina contra covid-19, aplicada cerca de dois meses após a primeira, aumentou a eficácia para 94% contra as formas moderadas a graves da doença. A proteção com a dose única é de 70%.
Os dados da J&J servem de ajuda na defesa de uma dose de reforço junto aos reguladores dos EUA, mesmo quando a empresa enfatiza a durabilidade de sua vacina de injeção única como uma ferramenta para aliviar a pandemia global.
O presidente Joe Biden vem pressionando por doses de reforço devido o aumento de hospitalizações causadas pela variante Delta. A Johnson & Johnson, única farmacêutica com uma vacina de dose única aprovada nos Estados Unidos, tem estado sob pressão para produzir evidências sobre a eficácia de uma dose adicional.
A empresa agora "gerou evidências de que uma injeção de reforço aumenta ainda mais a proteção contra COVID-19", disse o Dr. Paul Stoffels, diretor científico da J&J, em um comunicado.
A J&J informou que um reforço dois meses após a primeira dose aumentou os níveis de anticorpos de quatro a seis vezes. Quando administrado seis meses após a primeira dose, os níveis de anticorpos aumentaram doze vezes, de acordo com dados divulgados no mês passado, sugerindo grande melhora na proteção com o intervalo mais longo entre as doses.
O estudo de fase III de duas doses da J&J foi realizado com 30.000 participantes com a segunda dose aplicada 56 dias após a primeira em adultos com 18 anos ou mais.