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"Eu achava que estava com dengue", disse a funcionária do Magazine Santa Júlia que testou positivo para Covid-19. Até o momento, nenhum outro funcionário apresentou sintomas de coronavírus
Cristina Pita
A funcionária que trabalha no Magazine Santa Júlia, em Santo Antônio de Jesus, que testou positivo para Covid-19, relatou em entrevista na Rádio Andaiá FM, no Programa Levante a Voz desta quarta-feira (3/6), que continuou trabalhando porque achava que estava com dengue ou alergia a camarão. "Não passou pela minha cabeça que eu estava com coronavírus. Fiquei de boa trabalhando. Fui em banco e na casa lotérica, que estava com muita aglomeração, e atendi clientes na loja", afirmou.
Depois de vários dias trabalhando doente, somente após os últimos sintomas sentidos, ela foi a um clínico geral, que recomendou fazer o exame. "Os últimos sintomas foram a perda do olfato e do paladar, que senti. Aí é que eu fui no médico e fiz o exame. Pensei que fosse alergia a camarã ou que estava com dengue. Fiz o exame em um laboratório particular", disse.
O esposo dela, que é caminhoneiro, ainda não fez o exame e não apresenta sintomas. "Ele estava viajando e vai fazer o exame amanhã. Só sentiu um pouco de tontura e usa máscara quando viaja. Ele está comigo em casa. Só descobri ontem (terça) que eu estava com o coronavírus. Antes de saber, eu fui para a loja trabalhar", falou. De acordo com ela, todos os funcioários da loja fizeram o teste e aguardam o resultado da análise.
Sem sintomas há 15 dias, ela contou que o teste realizado em uma laboratório particular da cidade, deu positivo, e que o médico que a atendeu informou que ela estava assintomática, imune e fora de perigo. "Eu fui trabalhar, não sentia nada. E contei no trabahao que tive coronavirus e estou bem e fora de risco. O médico também disse para eu me afastar por oito dias. A emoção da noticia que eu tinha o coronavírus e estava bem e curada, aí falei para todo mundo na loja. Teve cliente que não quis que eu atendesse. Eu não sentia nada. Mesmo estando bem, o médico disse para eu ficar oito dias em casa, mas que estava fora de risco de morrer. Na loja só eu fui confirmada com a covid", relatou.
Segundo ela, a propretária da loja liga para ela preocupada. "Eu saí da loja e fui para casa. Converso com a dona da loja por telefone todos os dias. Eu me precipitei porque na hora da notícia do resultado eu falei na loja que deu positivo, mas que meu médico me falou que eu estava imune, mas tinha que me afastar por oito dias. Teve pesoas que falaram que era errado eu falar que estava coma doença", contou.
Superlotação, funcionários sem máscaras, pessoas tossindo, sem uso de máscaras e sem qualquer preocupação, e clientes que não respeitam as marcações de distância de segurança em filas estão entre as principais reclamações em Santo Antônio de Jesus, apesar das medidas de prevenção decretadas pela prefeitura.
A funcionária contou ainda que não sabe onde foi infectada pelo vírus. "Pode ter sido em vários lugares, no banco, na casa lotérica. Mas estou ótima e tomando todos os meus medicamentos. Fui atendida pelo Dr. Antônio Carlos, mas eu estava de máscara e ele também. Estou tmando antibiótico, Anita, vitamina C e bebendo bastante água. Não sei como contraí o vírus. Quando eu fui na lotérica eu estava só de máscara de pano. Agora que estou usando também a máscara de acrílico, usando álcool em gel. Estou bem", garante.
Loja interditada
A Prefeitura de Santo Antônio de Jesus interditou a Magazine Santa Júia por cinco dias. A loja passa por um processo de desinfecção. Em nota, proprietários da loja afirmaram que 'todo o estabelecimento está passando por um processo de limpeza e desinfecção. Já conversamos com a Secretaria Municipal de Saúde e Vigilância Sanitária para que a melhor decisão fosse tomada para o bem-estar e saúde de todos os clientes e funcionários. Os funcionários da empresa ficarão em isolamento preventivo durante esta semana. Os mesmos estão fazendo testes e até o momento todos deram negativos'.
