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1 18/09/2019 09:11

A segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu no final da tarde de terça-feira (17/9) que os pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva vão a júri pelo assassinato do adolescente Lucas Terra, 14 anos, ocorrido em 2001. Agora, todos os recursos do processo foram esgotados. 

Em novembro do ano passado, o ministro do STF, Ricardo Lewandowsky, havia anulado o processo contra os pastores por falta de provas. O Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão de Lewandowsky e por quatro votos a um a 2ª turma do STF decidiu que os pastores vão a júri. 

Votaram a favor do recurso do MPF os ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin, Carmen Lúcia e Celso de Mello. Ricardo Lewandowsky foi o único voto divergente. Em entrevista à TV Bahia, o promotor Davi Gallo informou que agora a decisão do STF vem para o 2º juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri.

“O entendimento do Ministério Público prevaleceu em todos os juízos. Depende só da juíza Andrea Sarmento marcar o júri. Vou entrar em contato com ela amanhã”, informou Davi Gallo. A decisão do STF deve ser publicada nesta quarta-feira (18). Os pastores da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda Macedo de Souza permanecem atuando em cargos religiosos na Bahia. 

O pai de Lucas, Carlos Terra, morreu em fevereiro deste ano. Ele sofria de cirrose hepática e, segundo a esposa, Marion Terra, o quadro do marido se agravou no final do ano passado, após saber da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, de anular a sentença do TJ-BA que indicava o envolvimento dos pastores no crime.

Relembre 

Lucas Vargas Terra tinha 14 anos quando foi abusado sexualmente e queimado ainda vivo por dois pastores da Igreja Universal do Reino de Deus, no Rio Vermelho, na noite de 21 de março de 2001. O garoto havia saído de casa para um culto religioso realizado pelo bispo Silvio Roberto Galiza quando desapareceu.

Os restos de Lucas foram encontrados dentro de um caixote na Avenida Vasco da Gama e ficaram 43 dias no Instituto Médico Legal enquanto aguardavam a realização de exames de DNA. 

O corpo do adolescente foi encontrado carbonizado em um terreno baldio na Avenida Vasco da Gama, em março de 2001. Os exames comprovaram que o jovem sofreu abuso sexual e teve fogo ateado em seu corpo enquanto estava vivo.

 

*As informações foram divulgadas pela TV Bahia.







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