O rompimento de três barragens entre Pedro Alexandre e Coronel João Sá completa uma semana nesta quinta-feira (18/7), e as equipes ainda atuam nos dois municípios avaliando os estragos, melhorando os acessos e contabilizando os prejuízos. Em Pedro Alexandre, toda população urbana e dos povoados Lagoa dos Porcos e Ponta de Serra ficou sem água desde o dia 12, e o fornecimento deve ser normalizado na noite desta quinta.
Algumas ruas começaram a ter água nas casas, na tarde desta quarta-feira, 17, de acordo com nota da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa). As chuvas romperam a estrutura de apoio da adutora principal que leva água da estação de tratamento para a distribuição nas cerca de 1.500 residências destas localidades que contam com apoio de quatro carros-pipa.
"A população da zona rural que ficou sem água tratada por contaminação de cisternas e poços por causa da inundação está sendo atendida pelos caminhões-pipa que já atuavam na região por causa da seca", afirmou a coordenadora da Defesa Civil municipal Karla Leão.
Com 760 pessoas desalojadas e desabrigadas na cidade e na zona rural, ela destacou a importância das doações. No entanto, a coordenadora disse que os desabrigados de Pedro Alexandre ainda não receberam os donativos necessários para atender à demanda. "Precisamos principalmente de alimentos", revelou.
"Estamos em campo ainda fazendo os cadastros. Isto resulta no aumento de desabrigados e desalojados na medida que chegamos aos locais mais distantes e localizamos mais famílias ilhadas", disse. A secretária de Saúde de Pedro Alexandre, Anita Rosely, chamou a atenção para as cerca de 100 famílias que tinham nestas represas o meio de subsistência.
"Eles precisam de socorro e de um meio de sobreviver até que as barragens sejam consertadas e voltem a ter água para a piscicultura e outras atividades. Todos perderam as lavouras e parte destas famílias perdeu também os animais de criação".
Ela citou ainda a existência de duas barragens "que necessitam de reparos, e, para a população ficar tranquila, precisamos saber das condições de segurança, com parecer de especialistas".
Também ressaltou a necessidade de revitalizar o rio do Peixe e um canal dentro da cidade para evitar alagamentos das ruas Barreiro, Velha e do Alto e das localidades ao longo do rio até desaguar no Vaza Barris, afluente do São Francisco.
Por meio de nota, a Embasa confirmou que a obra emergencial da nova estrutura de distribuição foi concluída na última terça-feira.
*A Tarde