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A arma que disparou e matou uma garota de 11 anos na noite de domingo (17/3) em Mundo Novo (a 476 km de Campo Grande), estava guardada em uma gaveta sem nenhuma proteção na casa da família.
Conforme a a pistola .40, de uso do pai da vítima, que é subtenente da Polícia Militar, estava guardada em uma gaveta no mesmo cômodo onde ocorreu o disparo. Ela não ficava trancada e a criança tinha fácil acesso à arma. À polícia, a mãe da menina contou que, mesmo sendo militar, o pai nunca ensinou a filha a manusear as armas que tinha em casa.
Segundo a delegada, a mãe relatou que a filha não demonstrava sinais de tristeza e nenhuma carta foi deixada. Porém, a polícia encontrou em um caderno da menina alguns textos com elementos que demonstravam insatisfação. ''Mas não sabemos se a caligrafia é mesmo da criança e nem quando os textos foram escritos", explicou.
Além do caderno, o celular e o computador da criança foram recolhidos. Todos eles passarão por perícia. A hipótese de tiro acidental foi descartada e a principal linha de investigação é suicídio. ''A pistola era de difícil manuseio e o tiro atingiu a lateral do crânio", disse.
Nesta segunda-feira (18/3) a delegada ouviu um casal que estava na casa da família do momento do disparo. Os pais deverão ser ouvidos nos próximos dias.
Em São Caetano do Sul (SP) outra garota se mata
Uma menina de 10 anos se matou em São Caetano do Sul, em São Paulo, também com a arma do pai. A tragédia aconteceu no domingo (18/3). O homem estava tomando banho quando ouviu o barulho do tiro e, ao encontrar a criança, ela já estava morta. Ele não teve a identidade revelada, mas os policiais que fizeram o registro informaram que trata-se de um funcionário público O pai da garota disse que o revólver estava sem munição e que a criança deve ter carregado a arma sozinha. A menina deixou duas cartas, mas o conteúdo não foi divulgado. A mãe dela morreu há oito meses. *As informações são do Diário Corumbaense e Meia Hora
