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1 14/11/2018 13:20

A Polícia Federal disse ter apreendido pistolas, R$ 110 mil e quantias em dinheiro em outras três moedas diferentes com os suspeitos que foram alvos da operação deflagrada nesta terça-feira (13) para desarticular um esquema de fraude em importações de mercadorias vindas de Miami. A fraude é estimada em R$ 393 milhões.

Ao todo, foram sete mandados de busca e apreensão na Bahia e em Minas Gerais. Cinco mandados foram cumpridos em Salvador e dois em Belo Horizonte. Durante a operação houve apenas a prisão de uma pessoa, por porte ilegal de arma, na capital. A operação, batizada de 'Espelho", foi realizada de forma conjunta pela PF, Receita Federal e Ministério Público Federal (MPF).

A PF informou que apreendeu durante as buscas dois mil cheques, documentos, 34 equipamentos de oftalmologia, R$ 110 mil, 16 mil euros, 18 mil ienes, 900 coroas dinamarquesas, duas pistolas, notebooks, computadores e celulares de uso pessoal dos alvos da operação, que não tiveram identidades divulgadas.

Os mandados, conforme a PF, foram realizados nas residências e empresas de pessoas ligadas ao esquema para apreensão de documentos, de outras provas que possam contribuir para as investigações e de mercadorias suspeitas de descaminho (importação sem o pagamento dos tributos devidos) ou contrabando (importação de produtos proibidos).

Em Salvador, Daniel Lisboa foi um dos bairros onde operação foi realizada. Os outros endereços não foram divulgados.

Quatro toneladas de produtos irregulares foram apreendidas pela Receita — Foto: Divulgação/Receita Federal

Investigações
 
As investigações sobre o esquema tiveram início em 2017, quando a Inspetoria da Receita Federal do Aeroporto de Salvador apreendeu quatro toneladas de mercadorias importadas de Miami.

As importações apreendidas foram declaradas por uma indústria baiana com a descrição de "máquinas cortadeiras".

Durante a fiscalização, após a apeensão no aeroporto de Salvador, os auditores-fiscais encontraram produtos totalmente diferentes dos que foram descritos nas notas, como, por exemplo, drones, equipamentos médicos de alto valor, componentes eletrônicos, computadores, smartphones, vinhos, relógios de grifes e óculos de sol.

As mercadorias estavam separadas em diversas caixas menores com nomes e códigos que, segundo os auditores-fiscais, seriam dos possíveis destinatários das encomendas previamente negociadas, pessoas físicas e jurídicas.

No golpe, o fraudador mantinha armazenada na empresa do recinto alfandegado, mesmo após liberação pelas autoridades, uma primeira carga importada com o conteúdo correto, correspondente ao informado na declaração de importação.

Em importações posteriores, era declarada a mesma mercadoria, mas o conteúdo divergente do que era descrito. Quando era realizada a conferência física dos produtos, a carga anteriormente armazenada no recinto alfandegado era apontada como se fosse a da nova importação.

No decorrer das investigações, foram identificadas pessoas físicas e jurídicas beneficiadas com a fraude e outras utilizadas para trazer mercadorias irregulares ao Brasil. O objetivo era o não pagamento do imposto devido e a ocultação do real importador da mercadoria.

Há indícios da prática de crimes contra a ordem tributária, evasão de divisas, contrabando e descaminho.

Operação na Bahia desarticulou esquema de fraude em importações de mercadorias vindas de Miami  — Foto: Divulgação/Receita Federal

G1







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