Esportes

1 14/03/2017 16:00

Números excelentes, um dos melhores aproveitamentos do país, time na terceira fase da Copa do Brasil, liderança no Campeonato Baiano e vice-líder na Copa do Nordeste. Só alegria? Não. Na Toca do Leão, o buraco é mais embaixo.

Se as críticas são exageradas ou não, pouco importa. O goleiro Fernando Miguel admite que o time realmente tem deixado a desejar e garante compreender o sentimento do torcedor. “Não tem como medir se há exagero. O torcedor tem seu ponto de vista de ver partidas. A gente precisa respeitar isso. Não pode ficar incomodado porque o torcedor não está satisfeito com a apresentação da equipe. Nós temos que fazer nosso papel, trabalhar, se empenhar. Os resultados têm sido satisfatórios, há muito tempo não tínhamos uma arrancada dessa, mas sabemos que precisamos evoluir no desempenho”, analisa.

Se existe hora de mudar e finalmente apresentar um futebol redondinho para a turma da arquibancada, ela pode estar logo ali. Na quinta-feira (16) , o Leão encara o Vasco pela terceira fase da Copa do Brasil, às 19h30, no Barradão. E é jogo decisivo. Como o jogo de ida foi 1x1 no jogo de ida, no Rio de Janeiro, o Leão precisa vencer ou empatar em 0x0 para avançar à quarta fase. Novo empate em 1x1 leva a decisão para os pênaltis e, partir de 2x2, classifica o Vasco.

E é justamente essa uma das grandes preocupações do torcedor: a decisão nos pênaltis. No gol, Fernando Miguel tem fama de bom pegador. O problema está nos batedores. No jogo passado do Vitória, pela Copa do Nordeste, o time perdeu dois pênaltis - um com André Lima e um com Patric.

O panorama pode ter gerado insegurança no torcedor, mas não no goleiro rubro-negro. “Isso não me preocupa. Cada jogo é uma história. É um campeonato diferente e temos confiança em todos. Aconteceu de perder, faz parte do futebol. O importante é trabalhar o emocional desses jogadores porque eles são capacitados para corresponder. Pênalti é muito mais emocional do que técnica”, pondera ele, que evita fazer discursos bonitos para o torcedor.

“A pergunta do porquê não apresentamos um bom futebol já virou rotina. Tenho que continuar trabalhando. Eu vou falar o que para o torcedor? Somos comprometidos, os números são excelentes, mas futebol precisa mais do que isso. Temos consciência e estamos buscando melhorar. Temos o terceiro melhor aproveitamento do brasil (atrás apenas de Flamengo e Cruzeiro), mas a equipe mudou 70%, 80%, então é normal evoluirmos aos pouquinhos”, completou

Na temporada de 2017, o Vitória atuou em 14 partidas, venceu 11, empatou duas e sofreu apenas uma derrota. Marcou 28 gols e sofreu 11.

Quem bate?

Esse ano, dos três pênaltis marcados para o Leão, apenas um foi convertido, por Patric. Os outros dois foram perdidos pelo próprio lateral e por André Lima. O técnico Argel Fucks explica a ausência de Kieza na hora das cobranças.

“A gente tem três cobradores. Gabriel Xavier, André Lima e Patric. Pênalti é uma coisa diferente. Vai do emocional do jogo. Já vi o Zico, em 86, perder dois pênaltis (na verdade, foi apenas um), mas ninguém falava, porque era Zico. Jogadores que foram designados treinaram e fizeram. Vai muito do momento da partida. Como perdemos o primeiro, foi uma decisão minha de botar o Patric, que bateu bem, mas a bola foi no travessão. Hoje os goleiros estudam os batedores. Pênalti é emocional. Claro que, quanto mais treina, você fica mais treinado. Patric bateu muito bem contra o Vasco, em um jogo muito mais difícil”, defende.

Correio







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