Esportes

1 13/07/2016 14:40

Em meio a um momento conturbado e vendo a sua delegação que iria aos Jogos Olímpicos do Rio se dissolver em meio a acusações de doping, a Rússia comemorou como uma medalha de ouro a liberação da nadadora Yulia Efimova para competir no Rio-2016. Ela estava provisoriamente suspensa depois de testar positivo para Meldonium em fevereiro.

Nesta terça-feira, a Federação Internacional de Natação (Fina) comunicou à nadadora a retirada da acusação contra ela. Logo em seguida, o Comitê Olímpico Russo avisou que ela se junta à equipe no próximo dia 1.º de agosto, já no Brasil. Efimova tem a sua base de treinamento nos Estados Unidos.

Em abril, a Fina rejeitou a apelação da nadadora russa Yuliya Efimova, que desejava ter sua suspensão provisória por doping revogada para poder competir na seletiva olímpica da natação russa. Dias antes, a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês havia admitido não punir atletas que tenham apresentado baixa concentração de Meldonium em seus exames antidoping realizados antes de 1.º de março. A substância só se tornou proibida em 1.º de janeiro e a maioria dos atletas que tiveram resultados adversos alegam que deixaram de consumir o medicamento no ano passado, ainda que resquícios tenham permanecido em seus organismos.

Esse sempre foi o caso de Efimova, uma das melhores nadadoras do estilo peito da atualidade e medalhista de bronze em Londres nos 100 metros peito. “Foi errado a Wada agir daquele jeito. Eles deveriam ter feito estudos antes de impor as suspensões. É necessário ser responsável com pessoas e com o esporte”, comentou o ministro do Esporte da Rússia, Vitaly Mutko. Apesar desta vitória, a Rússia segue em maus lençóis.

Na última segunda-feira, a Corte Arbitral do Esporte (CAS), na sigla em inglês avisou que só vai julgar o recurso da tenista Maria Sharapova em setembro, o que a deixa fora da Olimpíada. No dia anterior, a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês rejeitou o pedido de 67 dos 68 russos que solicitaram exceção para participarem do Rio-2016. No levantamento de peso, a Rússia já perdeu duas vagas na Olimpíada e ainda corre o risco de ser banida.

Novo relatório

Os resultados da mais recente investigação sobre doping na Rússia serão apresentados na próxima segunda-feira. O professor canadense em Direito Richard McLaren vai conceder uma entrevista coletiva em Toronto, no Canadá, para apresentar as conclusões de sua investigação sobre suposta manipulação de amostras antidoping na Rússia.

McLaren foi nomeado pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês para investigar acusações de uma conspiração de doping apoiada pelo Estado envolvendo os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, em 2014. Grigory Rodchenkov, o ex-chefe do laboratório de testes antidoping de Moscou, disse ao jornal norte-americano New York Times que ele forneceu esteroides aos atletas russos antes da Olimpíada de Inverno e ajudou com a troca das amostras antidoping no laboratório de Sochi. Rodchenkov, que agora vive nos Estados Unidos, declarou que atuou sob instruções do Ministério dos Esportes da Rússia, que nega a acusação.

A Wada disse que foi dada a McLaren a autoridade para investigações mais amplas sobre acusações de doping na Rússia. Ele afirmou no mês passado que sua apuração preliminar confirmou que o Ministério dos Esportes da Rússia estava envolvido na manipulação de resultados de testes antes, durante e após o Mundial de Atletismo de Moscou em 2013. Se o seu relatório final revelar um esquema ainda mais generalizado e apoiado pelo Estado, a Wada poderia adotar novas medidas contra a Rússia, que passariam até mesmo pela exclusão de todo o país dos Jogos Olímpicos do Rio. Anteriormente, uma investigação liderada por Dick Pound, ex-presidente da Wada, provocou a exclusão do atletismo russo de competições internacionais.

Estadão







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