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1 01/03/2017 20:00

Com o tema '50 Anos de Tropicalismo', o Carnaval do Pelô e Pipoca relembrou o legado e os ideais do importante movimento artístico e musical. A relação com o tema influenciou a decoração, que espalhou ícones, cores e símbolos do Tropicalismo pelas ruas do Pelourinho. Os repertórios tocados na programação dos largos e nos microtrios e nanotrios apresentaram a musicalidade e a celebração de valores como alegria, inovação e liberdade.

Uma noite que ficou na memória dos foliões presentes deu o pontapé inicial para o Carnaval do Pelô. O encontro inesquecível de Gilberto Gil, Capinam e Caetano Veloso abriu com estilo e emoção o Carnaval da Cultura 2017. Os cantores, lendas vivas do movimento tropicalista, participaram do show 'Viramundos', liderado por Alexandre Leão, Claudia Cunha e Moreno Veloso.

Os microtrios e nanotrios foram os protagonistas do Carnaval Pipoca. Diminutos nos nomes, eles garantiram diversão em tamanho macro. O destaque ficou por conta do 2º Encontro dos Microtrios e Nanotrios, na sexta-feira (24), no Terreiro de Jesus. Eles desfilaram também nos outros circuitos da folia, realizando 20 apresentações.

“O Carnaval Pipoca surpreendeu em nível beleza, qualidade e público. Os microtrios e nanotrios promovem o verdadeiro carnaval de participação, onde os foliões, de todas as idades, realmente conseguem ter uma proximidade e brincar junto com as bandas”, afirma a produtora Thelma Chase, coordenadora da curadoria artística que selecionou os projetos participantes.

Ao longo dos cinco dias da folia, aconteceram 10 encontros musicais que reuniram a nova geração da música brasileira e grandes estandartes. Os shows do palco principal reuniram 36 cantores ou bandas e mais de 100 músicos, que animaram a festa dos milhares de foliões que movimentaram o Largo do Pelourinho. Entre os veteranos de Carnaval do Pelô, estiveram presentes Márcia Short, Aloísio Menezes, Paulinho Boca de Cantor, Wil Carvalho, Larissa Luz, Gerônimo e o grupo As Ganhadeiras de Itapuã, que encerrou o último dia com participações de Tom Barreto e Barlavento. O grupo BaianaSystem também retornou ao Carnaval, mantendo o sucesso das apresentações dos últimos anos.

O palco principal da folia também teve novidades, com diversos nomes que participaram pela primeira vez do Carnaval do Pelô. Embarcando juntas na folia, Liniker, Tássia Reis e as cantoras Raquel e Assucena de As Bahias e a Cozinha Mineira fizeram uma apresentação 'lacradora'. Também estrearam este ano nomes como Moreno Veloso, Bem Gil, Cena Tropifágica, Mariella Santiago, Laurinha Arantes, Adailton Poesia, Barlavento, Tom Barreto, e o rapper BNegão, que já havia feito participações especiais em edições anteriores, mas veio pela primeira vez dentro de um projeto.

Largos do Pelô

Nos demais Largos do Pelô, diversão para toda família. Teve espaço para bailes infantis, hip-hop, pop rock, reggae, música afro, arrocha, guitarra baiana, orquestra, frevo, os ritmos dos antigos carnavais, que tornaram folia ainda mais divertida e plural nos largos Pedro Archanjo, Tereza Batista e Quincas Berro D’Água. Foram 56 shows durante o Carnaval, envolvendo mais de 400 artistas e músicos de ritmos diversos.

Entre os destaques, o Samba de Roda de Dona Dalva e Samba Chula João do Boi, dois dos mais importantes e representativos grupos culturais do Recôncavo. Dona Dalva se apresentou pela primeira vez no Carnaval do Pelô, encerrando o último dia de festa. Outros nomes novos na festa nestes palcos foram o de Márcia Castro, levando a mistura de música eletrônica, Renata Bastos, Compassos & Serpentinas, Banda Marcato, Mestre Nelito e Os Vendavais, Janaína Noblat, Circuladô e RBF – Rapaziada da Baixa Fria.

Bailinhos

No segundo ano consecutivo, os bailinhos infantis foram um sucesso no Largo Pedro Archanjo, com uma programação que divertiu não apenas os pequenos foliões, mas também os pais, que através de cantigas de diferentes gerações puderam voltar à infância. Além disso, como já é tradição, as orquestras também tiveram espaço garantido e promoveram verdadeiros bailes carnavalescos com marchinhas e repertórios variados.

A alegria do carnaval também tomou conta dos 60 desfiles de grupos de performances, bandinhas e bandões de sopro e percussão que passaram pelas ruas, vielas e ladeiras do Pelourinho, levando uma mistura de expressões, cores e musicalidade.Para Arany Santana, diretora do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), responsável pela organização do Carnaval da Cultura, a folia deste ano foi uma das melhores já realizadas pelo Estado, e as homenagens ao Tropicalismo vieram no momento adequado.

“Quando Caetano abre os braços diante do Pelourinho e canta ‘Alegria, Alegria’, que foi o hino da Tropicália, no momento social em que estamos hoje dadas tantas circunstâncias, a emoção e o significado são imensuráveis. Nós fizemos essa homenagem para aqueles que viveram o Tropicalismo há 50 anos e para a juventude, que apesar de não ter vivido o momento, já ouviu falar e foi influenciada por este movimento tão importante para a mentalidade brasileira”, explica a diretora. Os programas Carnaval do Pelô e Carnaval Pipoca fazem parte do Carnaval da Cultura - uma realização da Secretaria da Cultura do Estado (Secult), por meio do CCPI - junto com o Carnaval Ouro Negro e Outros Carnavais .

Ascom/Secult


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