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1 15/09/2021 15:46

Ele se afogou durante mergulho no Rio São Francisco

A morte do ator Domingos Montagner completa nesta quarta-feira (15/9) cinco anos. Domingos morreu afogado aos 54 anos no Rio São Francisco, na divisa entre Sergipe e Alagoas, em 2016. 

Na época, o ator vivia o Santo, de Velho Chico, novela das 21h da Globo. Durante uma pausa nas gravações na região de Canindé de São Francisco, ele foi dar um mergulho com a colega Camila Pitanga.

Depois que Domingos desapareceu nas águas, Camila chamou socorro e as buscas começaram imediatamente. O corpo foi achado horas depois, preso nas pedras a 18 metros de profundidade, a cerca de 300 metros da margem. O local do acidente fica perto da Usina de Xingó.

Domingos deixou  a esposa, Luciana Lima, e três filhos.

Relato de Camila Pitanga

Camila contou que os dois pularam de uma pedra e inicialmente a água estava calma. Depois, uma correnteza mais forte começou e eles resolveram voltar. 

"Eu, mais cabreira, sou mais medrosa nesse negócio de saltar, fui devagarinho, notei que tinha uma pedra com uma marolinha batendo. Ai tem um detalhe: a gente estava nadando a favor de uma correnteza muito perene, muito suave, que a gente não percebeu. Então a gente já mergulhou num lugar que tinha profundidade, mas o olhar, para qualquer pessoa, é de tudo parado", relembrou a atriz em entrevista ao Fantástico.

"Quando percebi que eu não conseguia vencer essa correnteza, que era muito suave, eu me desesperei. Vi que estava respirando errado. Eu não estava tendo noção mesmo do que estava acontecendo. Notei que na nossa lateral tinham pedras e falei: "vamos para lá", porque voltar, a gente não estava conseguindo. Quando me aproximei de uma pedra, eu me acalmei. Eu dizia: "vem, Domingos, aqui está tudo certo". E notei que Domingos não nadava. E estava assustado. Não sou heroína, nada disso. Para mim estava tudo tranquilo. Então, naturalmente, se foi tão fácil eu chegar até lá, seria fácil voltar e ajudar meu amigo que está com medo", contou.

Ela disse que só quando Domingos afundou a primeira vez entendeu a gravidade da situação. "Peguei no antebraço dele e puxava. Dizia 'calma, está tudo bem'. E ele não vinha. Soltei o braço dele. Fui para a pedra para mostrar para ele que estava tudo bem. Ele não saia do lugar. Ele não falava nada. Ele estava paralisado. Então voltei de novo. Peguei de novo no braço dele. Ele falava: "eu não estou conseguindo". Então eu falei: "então boia, boia". E comecei a gritar socorro. Foi quando ele submergiu pela primeira vez. Ele falava "eu não estou conseguindo". Quando ele submergiu, eu entendi o problema que a gente estava vivendo".

"Eu dizia que era grave, tem alguém ali dentro da água, e eu sabia que eu não podia ir. Eu acho que, provavelmente, alguma coisa devia estar segurando a perna dele e ele, lindo que é, generoso que é, não dividiu a real comigo. Saber que você não pode salvar o seu amigo, que não dá, porque se não você vai... Pensei na minha filha e ele sumiu".

 

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